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Gil Arantes: Um dos Candidatos que Mais Recorrem ao Judiciário para Silenciar Adversários

Gil Arantes: Um dos Candidatos que Mais Recorrem ao Judiciário para Silenciar Adversários

Gil Arantes é um dos candidatos que Mais Recorre ao Judiciário para Censurar Adversários em Toda a Região

Por redação, dia 17 de setembro de 2024

Gil Arantes, ex-prefeito de Barueri e candidato à prefeitura nas eleições de 2024, tem se destacado não apenas por seu histórico de gestão, mas também pelo uso recorrente do judiciário para censurar adversários políticos e a imprensa. Arantes é conhecido por mover diversas ações judiciais contra figuras que expõem críticas sobre sua administração, seja por meio de redes sociais, reportagens jornalísticas ou debates eleitorais. Seu histórico sugere que ele é um dos candidatos da região que mais utiliza essa estratégia para tentar controlar a narrativa pública em torno de seu passado político.

Um dos casos mais recentes envolve a candidata a vereadora Elisangela Bragança, que foi processada por Arantes após gravar um vídeo digitando a frase “o pior prefeito de Barueri” no Google. O vídeo, sem mencionar diretamente o nome de Arantes, trouxe seu nome repetidamente em destaque, o que gerou desconforto para o ex-prefeito. Ele alegou propaganda eleitoral negativa e tentou remover o conteúdo através de uma ação judicial, mas a Justiça Eleitoral rejeitou seu pedido, defendendo o direito à liberdade de expressão​.

Além disso, Arantes tem um longo histórico de processos contra veículos de comunicação que expuseram escândalos de corrupção durante sua gestão. Jornais como Veja, Estadão e Folha de S. Paulo publicaram matérias sobre casos de desvio de verba e lavagem de dinheiro associados à sua administração, o que levou Arantes a tentar, por diversas vezes, remover esses conteúdos da internet sem sucesso​.

Um outro exemplo recente foi o processo movido contra a TV Barueri.Live, que realizou uma enquete perguntando aos munícipes sobre sua preferência de voto. O vídeo também mencionou escândalos envolvendo Arantes, como os de sua gestão entre 2013 e 2016. O ex-prefeito entrou com uma ação alegando que o conteúdo configurava propaganda eleitoral antecipada negativa, mas a Justiça Eleitoral rejeitou o pedido, argumentando que críticas, mesmo ácidas, fazem parte do debate democrático

Especialistas apontam que, embora outros políticos também recorram à Justiça para se defender, o volume de ações movidas por Gil Arantes o coloca entre os candidatos que mais utilizam esse recurso na região.

Comparado a Gil Arantes, líderes e candidatos da região, como o atual prefeito de Barueri, Rubens Furlan, e o candidato à prefeitura Beto Piteri, adotam uma postura diferente no uso do judiciário para lidar com adversários políticos. Furlan, apesar de estar envolvido em diversas disputas políticas, não utiliza as vias judiciais para silenciar críticas ou remover conteúdos de forma tão recorrente como Arantes. Da mesma forma, Beto Piteri, que concorre à prefeitura de Barueri, tem conduzido sua campanha sem recorrer a ações judiciais para suprimir o direito de expressão de seus adversários.

Na cidade de Itapevi, os candidatos Teco e Camila Godoi também demonstram um comportamento mais voltado para o debate público, sem seguir o padrão de Arantes de utilizar o judiciário como ferramenta para lidar com opositores. Tanto Teco quanto Camila conduzem suas campanhas focados em propostas e discussões políticas, evitando o uso constante de ações legais para censurar adversários ou controlar sua reputação pública.

Em última análise, o comportamento de Arantes levanta questões sobre o uso do poder judiciário como ferramenta de controle político. O volume de processos que ele moveu contra adversários e a imprensa sugere que ele se incomoda profundamente com as críticas, e o uso constante dessas medidas legais é visto como uma tentativa de reescrever sua imagem pública, especialmente em um contexto eleitoral.

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